segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Sobre os nossos filhos

Há muitos anos peguei um livro da minha mãe para ler; eu nem sei quantos anos tinha, mas menos de 15 com certeza. Anos depois ganhei uma cópia desse livro, que não é novo, mas a cada vez que leio mostra uma mensagem diferente. Ele se chama "Vivendo, Amando e Aprendendo", é uma compliação de palestras dadas por um professor americano de origem italiana, Leo Buscaglia, sobre relacionamentos, não só entre professor-aluno, mas entre seres humanos.
Tirando o pó da estante, como sempre comecei a folhear alguns livros e me deparei com esses trecho:


"Uma das primeiras coisas que devemos ensinar às crianças - e não podemos ensiná-las se não acreditarmos nisso - é que cada um de vocês é uma coisa 'sagrada'. Fico assombrado quando olho para uma platéia e vejo a mina de ouro que vocês são. Pensar que não há dois de vocês iguais é assombroso. Temos de contar isso bem cedo às crianças, antes que percam sua individualidade.

(...) Depois, acho que devemos ensinar às crianças a importância dos outros, e que elas não podem crescer neste mundo sem absorver os outros. Quanto mais mundos absorverem, esses mundos únicos, mais podem fazer. Precisamos ensinar-lhes a tornarem a confiar nos outros, pois estamos todos apavorados uns com os outros. Estamos construindo muros cada vez mais altos, fechaduras cada vez mais fortes.

(...) Outra coisa que é essencial é as crianças aprenderem que têm escolha. Só acreditam que têm escolha se vocês lhes derem alternativas na vida."



Não escrevo isso aqui por falta do que escrever sobre o Enzo, mas porque tem tudo a ver. Que tipo de pais queremos ser? Em que tipo de mundo queremos que ele viva? É acima de tudo uma mensagem de motivação: Veni, vidi, vici, em termos nada bélicos. Porque a gente tem que fazer - arriscar-se, envolver-se, pensar sobre algo, senti-lo - para poder dizer que provou de alguma coisa. E, com certeza, poder acreditar que fez o seu melhor, nem que tenha aprendido a nunca mais fazer aquilo...

Nenhum comentário: