quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Refluxo

Pois é, isso e polêmico, mas aparentemente nosso chuchuzinho tem...
"O esôfago é um tubo muscular que conduz os alimentos da boca ao estômago. Na sua parte inferior existe um esfíncter que se abre para a passagem do alimento e se fecha para que o alimento não volte. Quando o esfíncter é fraco ou imaturo, ele não segura o alimento no estômago, que acaba voltando para o esôfago na forma de regurgitação ou vômito. A grande maioria dos bebês apresenta refluxo gastroesofágico por causa da imaturidade do esfíncter esofagiano. É chamado de refluxo fisiológico, isto é, que faz parte do desenvolvimento infantil.
O refluxo gastroesofágico é considerado patológico quando os episódios de vômitos e regurgitações não melhoram depois dos seis meses de vida mesmo com alterações na postura e dieta. Nessa fase, a criança não ganha peso ou o perde e pára de crescer e produz uma esofagite (inflamação do esôfago).
Além desses problemas, a criança apresenta sintomas como irritabilidade, choro persistente, dificuldade para dormir, recusa de alimentos ou complicações relacionadas ao nariz, ouvido, seios da face e garganta.
Em casos mais graves, a criança pode apresentar uma apnéia (parada respiratória) ou aspirar o próprio refluxo (chegar aos pulmões), progredindo para uma pneumonia aspirativa. Preste atenção se seu filho apresenta como sintoma chiado no peito. Os casos mais sérios são tratados com medicação que auxiliam também no esvaziamento gástrico e neutralizam a acidez da substância do estômago."
Desses sintomas, o Enzo não regurgita (bota o leite pra fora) ou vomita (bota "coalhada" pra fora) muito- mas vejo sempre ele engolindo de volta- nem recusa mamar, pelo contrário, mama sôfrego pra aliviar a sensação. Ele tem também muito soluço, logo após qualquer mamada, e está sempre "mastigando" algo, que é o gosto ruim que sobe. O pediatra de plantão, que diagnosticou o caso, disse que tem tratamento, que hoje em dia a cirurgia é muto rara e só em casos muito graves; e o pediatra dele realmente passou 2 remédios e disse para irmos vendo...
Agora, dá um dó vê-lo tomando esse monte de porcarias ele está fazendo só um mesinho de vida... Mas é muito pior quando ele chora, sentido e desesperado, juntando as mãozinhas na altura do peito e apertando... Corta o nosso coração.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Relato do nascimento de uma mãe

E finalmente nosso chuchuzinho está aqui. Sei, sei, já passou quase um mês, na verdade, mas acho que só agora é tempo de retomar o blog. Não porque levei broncas de não ter escrito antes, mas porque foi tudo tão intenso... Não importa o quanto você se prepara, definitivamente vai ser diferente.
O Parto

Pra começar, a bolsa não estourou com um jato, à 1h30 da manhã, e eu não tinha certeza se era ela, apesar de que já vinha sentindo contrações ha mais de 24horas, não sabia que já era a hora P. Fomos para a maternidade Santa Helena, em Floripa, mas não conseguimos contatar minha GO; foi prescrito soro com ocitocina na minha veia pelo terrível médico plantonista, quase matei o Mika durante a noite com falta de ar durante as contrações pra, de manhã, não aguentar mais e pedir a analgesia raqui...
E, depois de 9horas, dos 10cm de dilatação e tudo pronto, não foi parto normal, porque o Enzo já mostrava que quando ele quer alguma coisa, ele insiste- ou não quer, como foi o caso, não quis descer pra saída esperada. E uma cesária foi recomendada pela dra. Andreia- obrigada pelo carinho- mas era tão fora de cogitação, depois de um pré-natal tão "perfeito"... Não havia sequer um plano B da minha parte!! Isso significou anestesia, cefaléia pós-raqui pra complicar, não poder segurar nosso bebezinho logo, dor de pós-operatório, medicação, dependência de mães, inatividade- e isso me "matava"!! A felicidade de vez em quando ficava meio suspensa, esperando um algo mais... Chorei muito nessas 3 semanas, às escondidas ou nem tanto.

Depois...

Ah, o sentimento ao segurá-lo: não há palavra melhor do que INDESCRITÍVEL. Sei que alguns livros e sites dizem que muitas vezes não há um vínculo imediato entre mãe e filho, e eu já até me preparei para, caso eu entrasse em pânico, não me preocupasse se isso acontecesse comigo- mas é simplesmente impossível não se apaixonar instantaneamente- se é que se pode usar essa palavra, sendo que ele esteve com você por 9 meses, e foi desejado bem antes.
Essa semana é a primeira que eu fico a sós com ele (mais ou menos, se a vovó deixar) durante o dia, dou o banho, os cuidados e carinhos. E acredito que a decisão de ter essa criaturinha veio na hora certa, porque agora já sei o que quero e o que não quero pra ele; e veio na família certa, porque não há ninguém que pense tão parecido, ou respeite mais pensamentos diferentes, ou apóie mais uma pessoa do que o Michael. Mais uma vez, registro aqui: te amo.




O Leite
Sabe, amamentar não é fácil, dói no começo do leite, enche o saco acordar de madrugada, e estar sempre disponível pra ele, e com o peito "alugado" pra ele, por assim dizer, e sem muita privacidade, porque as pessoas parecem achar normal vc estar com o seio de fora... Mas também é uma delícia!! Porque é uma sensação tão próxima, um contato tão seu... E apesar de, durante a madrugada, vc ter certeza de que não vai chegar nunca o novo dia, ele vem e traz alguma novidade que seu bebezinho faz, e vale tudo pra ver onde é que ele vai parar... Até continuar amamentando.


E agora?
Vai saber o que o futuro nos traz agora? Mas uma coisa é certa: estou muito ciente deste caminho sem volta, mais feliz e realizada (pessoalmente) que jamais achei que ficaria com um chuchuzinho que, por enquanto, só sabe mamar e encher a fraldinha, chorar e dormir!!