sexta-feira, 28 de março de 2008

Caçadores de Mitos

Como diz a minha mãe: “A gente não sabe de nada nesta vida”. Isso se aplica principalmente a essa coisa da maternidade. Tem o óbvio, aquilo que as mães sempre dizem, que quando chegar a hora, a gente vai saber o que fazer... Mas tem muitas outras surpresas neste caminho.
Pra começar, vocês sabiam que a mulher não fica exatamente 9 meses grávida? Ela fica, na média, 40 semanas, porque um mês tem 4 semanas e 2 ou 3 dias... E, pior, dentro destas 40 semanas, são consideradas até mesmo as 2 antes do rally de espermatozóides! Isso não ajuda muito as pessoas que, como eu, têm um relógio interno meio desregulado e precisam definir a DEP (data estimada pro parto), que muda a cada ultrasson. Ah, tem essa também, depois que você acha que já conhece todas as siglas necessárias pra vida moderna (IPVA, IPTU, DETRAN, INSS, FGTS, etc), vem umas novas: DUM, DEP, US, GO, TN... Isso quando elas não vêm em inglês!!
E os mitos criados pela mídia? Quando se assiste novela e tem aquela personagem se matando de vomitar, é diagnóstico certo: De barriga!! Que surpresa (das mais agradáveis, diga-se de passagem) quando eu descubro que isso não é a regra? E em inglês, que enjôo chama-se morning sickness (enjôo da manhã), quando na real quem tem esse problema pode ficar mal o dia inteiro? E as gestantes sempre sorrindo, carinhosas... Sabiam que os ginecologistas/ obstetras em geral avisam os papais que "Grávida é chata por natureza?" Ou as já mamães que são entrevistadas por aí e dizem que foi tudo super tranqüilo, vai dizer que não deram um gritozinho de dor, se foi natural, ou uma reclamadinha dos pontos pós-cesária? Sei, sei...
E, depois das quantas semanas, azia e uuugh, o parto (natural ou não, qualquer que seja não deve ser fácil, mesmo), você parecendo grávida ainda apesar do bacurinho no colo, acha que o pior já passou?? Ledo engano!! Tenho lido alguns livros e aparentemente TODO MUNDO sabe que amamentar não é fácil, tem que ensinar “a pega” ao bebê!! Aí você pensa bem lá no fundo, sem coragem de falar com ninguém: “O(a) coitadinho(a) nem sabe direito ainda que eu sou mãe dele(a), como é que eu vou ensinar alguma coisa?”... Isso se não bater o desespero “Meu Deus, será que eu vou conseguir ensinar qualquer coisa pro meu bebê??” Além de várias pessoas olharem para você toda descabelada e com olheiras profundas e dizerem como você deve estar se sentindo maravilhosa...

Não riam, isso é sério... É lógico que eu quero estar exagerando (não passei por isso ainda pra dizer por experiência), mas acredito (ou espero) que os livros em geral mostrem o “pior cenário possível”, porque assim o que vier de melhor é lucro... Ainda bem que as futuras mamães e papais só decidem lê-los depois da encomenda feita pra cegonha, senão aposto que muita gente ia desistir. Agora, um dos melhores que vi até agora foi “Criando Bebês”, de um médico australiano, diretor da maternidade. Vejam como ele é didático:
“Quando seu bebê chora, parece estar culpando você por ter nascido. (...) A única coisa confortante para se dizer é que esses sentimentos logo desaparecerão. Eles parecem estar relacionados com a remoção dos altos níveis hormonais da placenta que, acredite ou não, estavam dando a você um barato durante a gravidez.” Aahhh, deixa algumas mulheres por aí saberem disso!!
Apesar do pessimismo acima, eu me sinto ótima, praticamente não passei mal, não chamei o Huuuugh nem uma vez, nem meu humor piorou consideravelmente... Isso tudo aí é o que eu tenho descoberto em pesquisas até agora, com 13 semanas – mais ou menos 3 meses, se preferirem. Mas tem muito mais. Tem aquela coisa de, no meio do dia, você de repente se lembrar do chuchuzinho que está morando ali dentro, e sorrir sozinha. Ou pela primeira vez querer perder a cintura e ficar barriguda, e nem pensar em dieta (só em controle, hehehe). A cara de surpresa do papai quando ele vê, na tela do ultrason, os bracinhos do bebê, e escuta seu coração batendo apressado. Ou as discussões hilárias sobre nomes, e pensar que essas decisões que vocês estão tomando vão literalmente estar presentes pra sempre nas suas vidas... (Definitivamente, esse parágrafo foi induzido pelos hormônios)


Como dizem minhas queridas primas:






Leitura recomendada (in English): 10 Things that might surprise you about being pregnant
http://www.kidshealth.org/parent/pregnancy_newborn/pregnancy/pregnancy.html

sexta-feira, 21 de março de 2008

Previously, on "Lost"...

Hmm, talvez este título não seja o mais adequado. Talvez o correto fosse "Como assim?!?", ou ainda "Sério?!?", mas falando francamente, não seria tão intrigante... Só pra constar, a idéia foi do Mika, e com essa nova abordagem do papel do pai durante a gravidez, acredito que temos de incentivar... Mas a gente gosta bastante do Lost, de qualquer forma!

Bom, explicado isso, a idéia do blog: sei lá. Sabe aquela frase que, quando nasce um bebê, nascem também pais? Acho que é por aí, mas eu acrescentaria: nascem pais corujas e babões. Bem do tipinho que vai fazer ultrason quando só tem 4 semanas, vê um chuchuzinho branco e preto e chora de emoção.


Sim, porque é só olhar, é bem isso que parece no começo... Pra não dizer pimentão, como o ultrason de 8 semanas, porque já dá aquela idéia de vermelhão, sabe? Aliás, é daí que vem o apelido "chuchuzinho". Mas vem também uma história engraçada que aconteceu na família: a namorada do primo do Mika é da Lituânia, e veio pro Brasil com ele. Quando perguntaram que tipo de comida ela queria experimentar, nem pensou e falou: chuchu. Caramba, o vegetal mais sem gosto da face da terra... Quando mostraram um (cru, com casca ainda), ela muito desapontada virou pro namorado perguntando se ela parecia um chuchu... Aí que a gente entendeu que era o jeito carinhoso que ele a chamava!!


De mais a mais, chuchu não tem gosto, assim como nosso chuchuzinho não tem sexo (que a gente saiba, mas é claro que ele tem, né?), mas tem muita fibra (afinal, ganhou a corrida contra milhões de outros espermatozóides) e faz muito bem pra saúde - é só olhar pro nosso sorriso bobo!!

Mas, voltando ao blog, só queremos mostrar pra quem está longe o que anda acontecendo por aqui... E o que aconteceu previously, ou seja, até agora...
  • Julho, 2007: Fomos morar juntos. Ou melhor, eu me mudei para a casa do Mika e comecei querer mudar tudo, hehe
  • Agosto, 2007: Fiz 30 anos. Só que já chegou aí sabe o que isso quer dizer, mas dá pra resumir em uma palavra: RETROSPECTIVA.
  • Em algum ponto do 2º semestre, 2007: Resolvemos parar de nos preocupar com pequenas coisas e ter uns problemas de verdade. Tipo... Filhos.
  • Janeiro, 2008: Férias!!! A gente bem que estava precisando... Tanto que, em algum ponto delas...
  • Fevereiro, 2008: mês cheio!! Carnaval, exame de sangue confirmando a existência do chuchuzinho, ultrason pra acreditar (na verdade, até hoje estou duvidando, hehe), contar pra galera - essa merecia até um post à parte - formatura do Mika... Parabéns, meu amor!!
  • Março, 2008: descoberta de um novo mundo, o dos bebês, cheio de tecnologia alienígena e coisas muito caras! rsrs... Ainda bem que tem a Páscoa, porque só chocolate pra gente ter serotonina suficiente pra ver tudo isso- e ainda curtir cada coisinha!!